Governo precisa responder com urgência aos riscos impostos pelas mudanças climáticas ao país

Em resposta ao lançamento do Primeiro Relatório de Avaliação Nacional (RAN) do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), Carlos Rittl, coordenador do Programa de Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil, ressalta que a ciência demonstra que o papel das políticas públicas é fundamental para que o país possa enfrentar com responsabilidade o desafio das mudanças climáticas.

“A ciência mostra que o país está criticamente ameaçado pelos potenciais efeitos das mudanças climáticas. No entanto, até o momento, o arcabouço de políticas de clima brasileiro é uma verdadeira colcha de retalhos, sem a devida sinergia e coordenação entre diferentes ministérios e mesmo entre governos federal e estaduais,” afirma Rittl. "Apesar de algum progresso nos últimos anos, a agenda climática do Brasil ainda é marginal e não integrada aos grandes planos de desenvolvimento do país,” comenta Rittl.

Um sinal claro desta distorção é o fato de o Brasil direcionar cerca de 70% (mais de R$ 700 bilhões) de todos os investimentos em energia (setor responsável por 32% das emissões brasileiras em 2010), segundo estimativas oficiais até 2020, aos combustíveis fósseis. Sendo que o país tem um imenso potencial de fontes de energia renovável de baixo impacto, como a eólica, solar, biomassa e biocombustíveis, que poderiam suprir uma grande parte das demandas de energia do Brasil nas próximas décadas. Além disso, o governo investiu no Plano Safra 2011-2012 mais de R$ 107 bilhões para produção agrícola e expansão agropecuária - setor que representou a maior fonte de emissões do país em 2010, responsável por 35% das emissões brasileiras, além de representar imensa pressão sobre as florestas nativas do país, - e apenas R$ 3,5 bilhões para agricultura de baixo carbono.

"Os cientistas do Brasil que contribuíram para o Relatório do Painel Brasileiro demonstram, de maneira muito clara, que a necessidade de agir é imensa e a hora é agora. A campanha global “Seize your Power” pelas energias renováveis da rede WWF, exige de governos e instituições financeiras que aumentem os seus investimentos em energia renovável e sustentável e que eliminem gradativamente seus investimentos em combustíveis fósseis, como parte do esforço global necessário para reduzir as emissões de CO₂ e limitar a elevação da temperatura da Terra a níveis considerados relativamente seguros. O Brasil precisa seguir o mesmo caminho. E não é o que está acontecendo até agora,” conclui Rittl.

 

(Fonte:wwf.org.br) 

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